29 de agosto de 2012

Cecília Meireles


Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília  foi uma sobrevivente.Foi a única que escapou dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe antes que Cecília completasse três anos. A orfã então foi criada pela avó D. Jacinta Garcia Benevides.
  De pequena a menina teve intimidade com a morte aprendendo as relações entre o Efêmero e o Eterno,isso a própia poetisa declararia.
Cecília começou a escrever com nove anos, idade em que também conclui seus primeiros estudos na Escola Estácio de Sá.Nessa ocasião recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro,a medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor". Com 16 anos diplomo-se no Curso Normal e passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal.
Aos dezoito anos , Cecília publica seu primeiro livro de poesias, Espectros, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do
Modernismo,suas poesias apresentavam ainda heranças de muitos outros estilos literarios, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.
Com 21 anos casa-se com Fernando Correia Dias, artista plástico português, com quem tem três filhas:  Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda. Fernando sofria de depressão aguda e suicidou-se em 1935. Aos 39 Cecília volta a se casar, dessa vez com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972.
Em 1923, publicou Nunca Mais… e Poema dos Poemas, e, em 1925, Baladas Para El-Rei. Após longo período, em 1939, publicou Viagem, livro com o qual ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras.

De 1930 a 1931,Cecília desenvolve a função de jornalista,mantendo no Diário de Notícias uma página diária sobre problemas de educação.

E depois de muitas peripécias pelo mundo Cecília aposenta se como diretora de escola aos 50 anos, porém continua a trabalhar como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ) e continua com suas peripécias:
Em 1952, torna-se Oficial da Ordem de Mérito do Chile, honraria concedida pelo país vizinho.
Torna-se sócia honorária do Instituto Vasco da Gama, em Goa, Índia, e é agraciada com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhi.
Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte.
E o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas.
 Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura.
 Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro, nesse mesmo ano é inaugurada a Biblioteca Cecília Meireles em Valparaiso, Chile.
Em 1965, é agraciada com o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras. O Governo do então Estado da Guanabara denomina Sala Cecília Meireles o grande salão de concertos e conferências do Largo da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. E em São Paulo (SP), torna-se nome de rua no Jardim Japão, e em 1989 uma cédula de cem cruzados novos, com a efígie de Cecília Meireles, é lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ),
 

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